segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

PAIS MAUS- mensagem para Reunião de Pais

PAIS MAUS
(Dr. Carlos Hecktheuer)

Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes:
Eu vos amei o suficiente para lhes ter perguntado aonde iam, com quem iam e a que horas regressariam.
Eu vos amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e ter feito com que eles soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
Eu vos amei o suficiente para lhes ter feito pagar pelos rebuçados que tiraram do
supermercado ou pelas revistas do jornaleiro e dizerem ao dono: “Nós tiramos isto ontem e queríamos pagar”.
Eu vos amei o suficiente para ter ficado em pé, junto deles, duas horas, enquanto
limpavam seus quartos, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
Eu vos amei o suficiente para lhes deixar ver, além do amor que eu sentia por eles o desapontamento e, também, as lágrimas nos meus olhos.
Eu vos amei o suficiente para lhes deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu vos amei o suficiente para lhes dizer NÃO, quando eu sabia que eles poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).
Estas, foram as mais difíceis batalhas travadas. Estou contente. Venci... Porque, no final, eles venceram também!
E qualquer dia, quando os meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães e lhes perguntarem se os seus pais eram maus, os meus filhos vão lhes dizer:
Sim, os nossos pais eram maus. Eram os piores do mundo... As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerantes e comiam batatas fritas e sorvetes ao almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão,carne, legumes e frutas. Nossos pais tinham que saber quem eram os nossos amigos e o que nósfazíamos com eles.
Insistiam que lhes disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos.
Nossos pais insistiam sempre conosco para que lhes disséssemos sempre a verdade e simplesmente, apenas a verdade. E, quando éramos adolescentes, eles conseguiam até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata!
Nossos pais não deixavam os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para que os nossos pais os conhecessem.
Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelo menos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aqueles chatos levantavam para saber se a festa foi boa (só para verem como estávamos ao voltar).
Por causa dos nossos pais, nós perdemos imensas experiências na adolescência.
Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.
Foi tudo por causa dos nossos pais!
Agora, que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o melhor para sermos “PAIS MAUS”, como eles foram.
Acho que este é um dos males do mundo de hoje: não há tantos “maus pais” o suficiente!

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5 comentários:

  1. adorei esta mensagem serve como licao pra muitos adolecentes

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  2. Não sei se gostei da ironia. País maus não são os que não dão o que queremos ao almoço, não são os que querem saber das nossas companhias. Não é só mimimi quando os jovens dizem que os seus pais são maus. Pais maus são os que nos fazem pensar todo o dia e toda a noite em sair de casa, os que tornam o ambiente em casa insuportável. Diz que teve de esperar até aos 16 para chegar tarde...com 20 só se pode ir a festas das 15 as 18 e o "portar bem" é chegar antes disso. Pais maus são os que não querem saber as companhias...todas são más, nada do que fazemos é bom o suficiente. Exemplo real : uma avaliação de 99% "fico desiludido, porque que não foi 100?" " É um desgosto muito grande que eu tenho" país com quem não vale a pena conversar, dialogar, a meio está a levantar o tom e acaba com o filho a chorar no quarto a pensar atirar se da janela, e dpeois o pai criticar por andar de chinelos e fazer barulho para os vizinhos de baixo. Depois a mãe boa diz que andar de meias e descalço fico doente para por po chinelos. Para um pai mau, o que importava era a boa impressão dos vizinho e nunca a saúde ou o bem estar do filho. Não deve saber em que faculdade estou, nunca me disse parabéns, nem obrigada nem um desculpe, nunca me abraçou nem beijou. Tenho de estar em casa, para passar tempo com a família? Não para estar sobre o olhar controlador, ele vai estar o tempo todo a dormir. Um pai que te insulta, que critica a tua forma de pensar, te chama de burra vadia, reprime, critica o cabelo que levaste anos a assumir ' vais sair assim, ao menos arranja o cabelo, contigo assim não saio de casa' sair de casa no caso é ir levantar os livros da escola que ficaram em nome dele por um milagre, se não fosse a minha mãe a impor se teria de ser eu a pagar. Esse acontecimento anual era único, saiamos porta fora e ninguém fala no caminho de ida e de volta. Que inventa mentiras sobre ti para contar a mãe, faz 'queixas' a mãe enquanto ela trabalha " olha ela está a fazer bolachas, a gastar manteiga, farinha e electricidade" Vamos passar a parte da violência física a frente. Portanto uma pessoa que tenha país maus vai ler isto e desatar a chorar pois o ideal de pai bom está a ser satirizado como mau. Era o seu sonho

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    1. Acredito que houve um erro de percurso aqui, a palavra está no plural. Pais. E se fala de PAIS que DÃO exemplos, (bons exemplos) pra não haver outra dúvida de interpretação. Só acho!

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